domingo, 23 de fevereiro de 2014

Dúvida acerca da numeração do chassis

Durante esta semana surgiu uma dúvida crítica acerca da genuinidade do chassis da RT. Isto porque enquanto aguardava o processo de eletrólise (descrito no post anterior) lembrei-me de confirmar se o número gravado no chassis realmente corresponde com o que consta no documento único da RT.
Não, não corresponde, até porque não há nenhum número gravado no local onde deveria estar gravado o número do chassis - na travessa que fica mesmo por baixo do banco da frente, à direita, entre o lugar do passageiro e a porta. Nada... Não existe sequer um vestígio. Para meu descanso, as chapa que consta na carroceria, aparenta ser original e corresponde ao número do documento único.
Escova de aço na mão e vamos lá retirar a tinta toda desta travessa e das zonas circundantes em busca de "provas do crime". Nada, nem uma marca. Tenho a certeza que nunca ali houve nenhum número, logo o chassis também não pode ser de outro carro.
Existe apenas a meio da travessa (um local não habitual para este tipo de coisas) uma gravação de um número que não segue um padrão de numeração de chassis. Provavelmente alguma referência do chassis, mas não o número.
Comecei a ficar realmente preocupado com a situação, pois começa a verificar-se a existência de uma ilegalidade perante o IMT e isso não é bom. Pode fazer com o que numa inspeção periódica o carro fique apreendido. Não é de todo a minha vontade!
Por outro lado, outra coisa que me tranquiliza é o facto da RT ter tido inspeções periódicas até 2003 (ou 2001) e nunca houve qualquer problema com esta situação.
Por via das dúvidas quero esclarecer esta situação e ter a certeza do que tenho na garagem e onde estou e estarei literalmente a depositar as minhas economias.
Comecei então a pensar como iria descobrir "toda a verdade"... 

PLIMMMM, já sei...

A esposa do único dono que a RT teve oficialmente antes de mim, é uma boa fonte de informação e poderá lembrar-se de alguma coisa.
Verdade! 100% verdade!
Hoje pela manhã, bem cedinho, parti de novo ao encontro da senhora. Lá estava ela em casa, já com a fotografia que me tinha prometido da primeira e única vez que me tinha encontrado com ela (descrito também num post lá para trás).
Confirma-se, a RT levou um chassis novo, provavelmente na década de 90, e que esse chassis (o atual) não foi remarcado - é o nome que o IMT dá ao processo de "carimbar" o chassis com uma espécie de punções diretamente no metal. Ufa, fico descansado, pois é uma operação remediável ainda. Digo isto pois esta semana, entrei em contacto com a Renault Portugal que me indicou qual o processo a tomar e que o mesmo terá um custo de 50€ (nada mau).

Assunto resolvido, ou melhor, com resolução certa no momento em que a RT estiver pronta para as curvas.

Entretanto deixo-vos a foto prometida, que chegou diretamente de França, enviada pela filha da senhora (penso que vai passar a ser leitora assídua deste blog), que realmente comprova que a RT estava lá nos anos 70, com a mesma cor que ainda hoje tem e que pretendo manter. 

Nota: Por respeito à família, desfoquei os rostos das pessoas que estão na foto.


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